terça-feira, 21 de setembro de 2021

Princípio de funcionamento do DR

 Princípio de funcionamento do DR

Os dispositivos DR podem ser divididos em três partes:

a) transformador toroidal;

b) disparador para conversão de grandeza elétrica em ação mecânica;

c) mecanismo móvel com elementos de contato.

O princípio de funcionamento desses dispositivos é decorrente da aplicação da Lei de Kirchhoff, ou seja, em uma instalação sem defeito, a soma geométrica das correntes nos condutores de fase e neutro é nula. Logo, o campo magnético gerado é nulo e a tensão induzida no secundário do transformador também será nula, não

havendo, portanto, grandeza elétrica residual para conversão em ação mecânica.

A detecção dessa diferença é feita por um núcleo ferromagnético que

envolve os condutores (menos o condutor de proteção – PE) e que tem um enrolamento no qual, em condições normais, não circula qualquer corrente. Se houver uma diferença entre as correntes de entrada e de saída, surgirá uma tensão entre os terminais desse enrolamento, que acionará um eletroímã, que por sua vez abrirá o circuito principal.

A corrente convencional de atuação do DR é representada por IΔn. Um

DR de corrente nominal de 30 mA oferece proteção contra contatos indiretos e, se a corrente nominal for menor ou igual a 30 mA, protegerá também contra choques diretos.


Uso do DR no esquema de aterramento TT

O esquema de aterramento utilizado em canteiros de obras é o TT. Nele, existe um ponto de alimentação (geralmente o secundário do transformador com seu ponto neutro) diretamente aterrado, estando as massas da instalação ligadas a um eletrodo de aterramento, mas independente deste, provido de proteção complementar a ser instalada nas derivações da instalação (circuitos terminais), utilizando dispositivo DR para a proteção contra contatos indiretos por seccionamento automático.


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