quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Aplicativo gratuito para avaliação exposição ocupacional ao calor: MONITORibutg da Fundacentro


 A Fundacentro disponibiliza, em julho deste ano, a nova versão do aplicativo MONITORIBUTG  para auxiliar trabalhadores e empregadores na avaliação da exposição ocupacional ao calor, sem fontes artificiais, em ambientes de trabalho externos. Disponível para celulares com sistemas Android e IOS, o App é uma atualização e adequação do serviço prestado pela instituição através do aplicativo anterior.

A ferramenta permite analisar remotamente a exposição ao calor em qualquer localidade brasileira com disponibilidade de dados meteorológicos. O novo produto está em conformidade com o Anexo 3 – Calor – da Norma Regulamentadora nº 9 (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), aprovado pela Portaria nº 1.359, de 9 de dezembro de 2019, da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia.


Resultados

Os resultados apresentados são provenientes de cálculos de estimativa do Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG), executados de hora em hora durante o turno diurno de trabalho, com base em dados meteorológicos fornecidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O método utilizado foi baseado em estudos estatísticos realizados pela Fundacentro para a determinação de uma equação do IBUTG que utilizasse como parâmetros as variáveis meteorológicas mais significantes em termos da exposição ao calor.

Um aspecto importante é que dependendo do tipo de vestimenta e do uso ou não de capuz por parte do trabalhador, o IBUTG estimado é ajustado. Ambos os valores (IBUTG e IBUTG Ajust.) são apresentados de hora em hora, das 9 às 16 horas, para o dia e local selecionados pelo usuário.

O sistema ainda define a estimativa dos limiares do Nível de Ação (LA) e Limite de Exposição (LE), seguindo os parâmetros de Taxa Metabólica do trabalhador, previstos nos Quadros 1 e 2 da Portaria SEPRT nº 1.359. Também verifica em qual faixa de valores de NA e LE se enquadra o IBUTG Ajust., para fornecimento de relatório final com recomendações sobre a situação ou condição de exposição. Dessa forma, são informadas as medidas preventivas necessárias para minimizar os efeitos negativos da exposição ao calor no exercício da atividade laboral e outros parâmetros.


Aprimoramento constante

A equipe responsável pelo projeto está empenhada com o aprimoramento e desenvolvimento do serviço oferecido.  Esta versão do MONITORIBUTG  já está em fase de atualização. Em breve, uma nova versão, com acesso via App e Web, será lançada pela Fundacentro, visando maior e melhor detalhamento das informações para avaliação da taxa metabólica do trabalhador.

Com a possibilidade de definição de mais de uma situação térmica em períodos de 60 minutos, os relatórios fornecidos serão mais completos. Além disso, ao usar dados de previsão para as horas e dias seguintes, a próxima versão emitirá alertas de situações extremas. Dessa forma, o MONITORIBUTG possibilitará uma avaliação mais completa da exposição ocupacional ao calor e contribuirá para um melhor planejamento das atividades a fim de minimizar os efeitos do calor.

O conteúdo técnico do aplicativo foi desenvolvido pelos tecnologistas Daniel Bitencourt, Flávio Bentes, Irlon da Cunha, Luiz Monteiro, Paulo Maia, Rodrigo Roscani, Thais Santiago, pela pesquisadora Elisa Shibuya e pela técnica em C&T Leonor de Campos. Na área de Tecnologia, o gestor do projeto de desenvolvimento foi o tecnologista Fernando Fernandes.


Saiba mais

Baixe o App MONITOR IBUTG para sistemas Android e IOS.

Fonte: https://www.gov.br/fundacentro/pt-br/assuntos/noticias/noticias/2021/agosto/monitoributg-avalia-exposicao-ocupacional-ao-calor-em-ambientes-de-trabalho-externos


OBS. 1: A estimativa do IBUTG feita por este sistema não deve ser utilizada para a caracterização de insalubridade, nocividade para fins previdenciários e/ou prova em litígios administrativos judiciais. Tanto a NR-15, como o Decreto nº 3.048/1999 estabelecem a necessidade de laudo técnico, elaborado por profissional habilitado, seguindo a metodologia estabelecida nos respectivos diplomas. Assim a caracterização da insalubridade e nocividade requer que o cálculo do IBUTG seja realizado com valores de temperaturas medidos, com termômetros específicos, no local onde permanece o trabalhador. 



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